A ocorrência da Lua Cheia bem próxima a sua menor distância à Terra (perigeu) é chamada “Superlua”, termo criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Como segundo as efemérides astronômicas, o perigeu irá ocorrer no domingo 23 às 08h32, o fenômeno poderá ser bem avaliado na noite do sábado, 22. O Observatório Astronômico de Piracicaba, órgão da Secretaria de Educação, estará realizando uma programação especial neste dia.
Nesta ocasião nosso satélite aparecerá 14% maior e 30% mais brilhante do que ocorre em uma Lua Cheia normal, e sua distância à Terra será de 356.991 km. Existem ocasiões que ao contrário, a Lua Cheia ocorre em seu ponto mais afastado da Terra denominado apogeu. As Luas Cheias variam de tamanho por causa disso. Na menor distância ela dista 356.400 km na maior 406.700.
Há, portanto, uma diferença de 50.000 km o que é sentido em seu tamanho. Isto é devido ao fato de que a órbita da Lua ao redor da Terra bem como dos planetas ao redor do Sol é uma elipse.
Muitas vezes ocorre que ao observarmos uma Lua Cheia surgir no horizonte temos a sensação de estarmos vendo-a maior ou menor. Se a vista desarmada é algo que não temos certeza, por outro lado a fotografia o comprova. Faça um teste: tire uma fotografia da Lua no sábado, 22, e posteriormente compare-a a outra obtida quando a Lua Cheia ocorrer no apogeu. A diferença no tamanho saltará à vista!
A maioria dos livros ensina que a Lua simplesmente gira ao redor da Terra. Mas isto não é bem assim. A rigor, devido às proporções de tamanho entre a Terra e a Lua, esta não poderia ser considerada um satélite e seria melhor entendermos a Terra e a Lua como um sistema planetário duplo. Isto porque inclusive, o centro de gravidade do sistema Terra – Lua não fica no espaço e sim a 4.670 km do centro da Terra, ou seja, 1.710 km abaixo da sua superfície portanto dentro da própria Terra !
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A Lua tem uma massa ao redor de 1/81 da massa da Terra, um volume 49 vezes menor e uma superfície de 36 milhões de quilômetros quadrados. A relação da massa Terra – Lua é a maior do sistema solar.
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Refletores deixados pelos astronautas na Lua permitiram verificar por laser que ela se afasta de nós 4 centímetros por ano. Distância aparentemente desprezível, contudo daqui a milhares de anos as marés não serão as mesmas, o dia será mais longo e as regiões ficarão mais expostas ao Sol e com isto a temperatura irá aumentar muito. Não haverá mais eclipses totais do Sol, resultante do diâmetro menor da Lua.
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Porque só vemos uma face da Lua? Tomando por referência as estrelas, a Lua gira ao redor de um centro de gravidade comum em 27d 07h 43m . Acontece que sua rotação também se efetua neste período fazendo com que vejamos só um lado da Lua – caso único no sistema solar.
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O intervalo de tempo entre duas fases sucessivas de Lua Nova é chamado de lunação, ou mês sinódico, e corresponde a 29d 12h 44m. Esse período foi usado por muitos povos antigos e ainda hoje é usado pelos judeus e muçulmanos que adotam um calendário puramente lunar.
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A órbita da Lua está inclinada de 5.2° em relação ao plano da órbita da Terra em torno do Sol. Por isso não há eclipses lunares todos os meses.
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Como a órbita da Lua é uma elipse, no perigeu ela se move um pouco mais rápida do que no apogeu. Em geral, a velocidade orbital do nosso satélite é de 3.681 km/h . Isto também ocorre com todos os astros do sistema solar: quanto mais próximos ao astro-rei mais depressa, quanto mais longe mais devagar.
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Atuação da gravidade da Terra, do Sol e movimentos, faz com que vejamos 59% da superfície lunar. É um “balanceio” que se verifica fato em latitude como em longitude do globo lunar denominado libração.
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A origem da Lua mais aceita é que ela é produto de uma colisão entre a Terra e um asteroide do tamanho de Marte há 4,5 bilhões de anos (a Terra tem aproximadamente 4,57 bilhões de anos).
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Quando ocorrem duas Luas Cheias no mesmo mês, a segunda Lua Cheia é denominada “Lua Azul”. A próxima ocasião será em 1º e 31 de julho de 2015. A expressão vem do inglês “Blue Moon” e apareceu pela primeira vez em 1528 em um poema de William Shakespeare.
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A maior ação da Lua sobre a Terra é nas marés. Pesquisas realizadas por estudiosos da USP, Unicamp e Observatório Nacional, mostram que as fases da Lua não tem efeito no crescimento das plantas, nos nascimentos, no corte dos cabelos, na menstruação bem como nas ocorrências criminais, suicídios e ataque cardíacos. Ao que se sabe, por exemplo, é que o ciclo lunar de 28 dias só é rotina para os humanos e as fêmeas de Cuica, uma espécie de gambá. Aliar, pois, o comportamento das pessoas a influência da Lua é puro delírio. A Lua é sim fonte de deslumbramento, inspiração poética e dos músicos, de Beethoven, Debussy a Pink Floyd .