Cigarro é uma das principais causas de câncer de rim
Publicado em 29 de Agosto de 2014.
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Foto: Stockvault
Hábito pode aumentar em 50% o risco de desenvolver a doença
Comumente associado ao câncer de pulmão, o tabagismo também é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de outros tumores, como os de rim. “Em média, o risco aumenta em 50% quando o paciente é fumante, em relação ao paciente que não fuma1; e esse risco sobe conforme a quantidade de cigarros consumidos”, afirma o oncologista Oren Smaletz, do Hospital Israelita Albert Einstein.
De acordo com o oncologista, se o indivíduo para de fumar, após 10 anos sem o tabaco o risco de câncer de rim se iguala ao da população em geral. O histórico familiar, ressalta o médico, também está entre os fatores de risco para a doença.
Tumores de bexiga, lábios, língua, laringe e esôfago também estão fortemente associados ao hábito de fumar. Além disso, outras enfermidades, principalmente as cardiovasculares (enfarte, angina) e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite), estão relacionadas ao tabaco. Doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Especialista em tabagismo, a cardiologista Jaqueline Scholz Issa afirma que não se deve esperar o diagnóstico de uma doença para abandonar o vício. Mas, infelizmente, é apenas diante de uma enfermidade que o indivíduo costuma buscar ajuda para deixar o tabaco.
´´A dificuldade em parar de fumar não está relacionada à quantidade de cigarros consumidos por dia ou ao tempo de tabagismo de uma pessoa. Isso tem a ver com a motivação para deixar o vício e com a intensidade dos sintomas da abstinência´´, explica a especialista.
A forma como o paciente lida com os sintomas da abstinência (irritabilidade, insônia, ansiedade, depressão, dificuldade para concentração, inquietação, entre outros) é determinante no sucesso em deixar o vício. “Quanto mais sintomas de abstinência a pessoa apresentar, mais difícil será para se livrar do vício. Além disso, pesa o quanto há uma vontade real de
parar de fumar”, complementa a médica.
Se a pessoa enfrenta muitas dificuldades para deixar o tabaco, a melhor opção é procurar ajuda médica. ´´A taxa de sucesso no tratamento contra o tabagismo é de 50%, ou seja, a cada 10 pacientes que tentam se livrar do vício, 5 conseguem´´, afirma a cardiologista.
Além do uso de medicamentos, estratégias comportamentais também são importantes para quem pretende abandonar o tabagismo. Segundo a médica, uma dica é evitar associar o cigarro a momentos prazerosos, como as reuniões sociais.
Tratamento do Câncer Renal
Por ser um tumor com características específicas, a quimioterapia é ineficaz no tratamento do carcinoma de células renais. Assim, é possível obter melhores resultados com as terapias-alvo, que combatem vias celulares específicas, direcionando a ação de medicamentos às células tumorais.
No caso dos tumores de rim, o foco principal dos medicamentos é a angiogênese, ou seja, esses fármacos agem inibindo a formação dos vasos sanguíneos que nutrem o tumor. Sutent (malato de sunitinibe) é um desses exemplos. Inibidor de tirosinoquinase, o medicamento atua como terapia-alvo impedindo o crescimento de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor e atacando diretamente as células tumorais, evitando sua multiplicação.
Tratamento do tabagismo
Entre as opções de tratamento está o Champix (vareniclina), desenvolvido especificamente para ajudar o paciente a parar de fumar. De qualquer forma, é importante buscar orientação e acompanhamento médico. O tratamento com vareniclina tem o objetivo de amenizar os sintomas da abstinência, como irritabilidade, depressão e ansiedade. A eficácia do medicamento foi comprovada por um estudo realizado com 940 pacientes do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo, no qual o produto foi adotado como protocolo de tratamento do tabagismo e passou a ser distribuído gratuitamente a participantes do Programa de Assistência ao Fumante (PAF).
Referência
1 The British Association for Cancer Research
PFIZER
Há mais de 150 anos no mundo e 60 anos no Brasil, a Pfizer tem como propósito inovar para proporcionar aos pacientes tratamentos que melhorem significativamente suas vidas. Esta preocupação é traduzida pelo amplo pipeline e portfólio da companhia, que abrange diferentes áreas como câncer, dor, saúde da mulher, prevenção de enfermidades em crianças e adultos, infecções, doenças autoimunes, depressão, multivitamínicos, entre outras. Isso significa investir cerca de US$ 7 bilhões por ano no desenvolvimento de novos medicamentos e trabalhar com mais de 250 parceiros, entre universidades e centros de tecnologia, buscando a inovação e também a ampliação do alcance da população aos seus tratamentos. A cada dia, a Pfizer mantém sua missão e seus valores, trabalhando para fazer a diferença na vida das pessoas e contribuindo com a comunidade por meio de suas iniciativas sociais.