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Alto padrão imobiliário brasileiro completa 60 anos

Publicado em 11 de Novembro de 2014.
Foto: Capa do Livro/Divulgação

Customização de apartamentos, primeiro flat e uma piscina por andar estão entre os pioneirismos de Adolpho Lindenberg 

Precursor do alto padrão no mercado imobiliário brasileiro, aos 90 anos de idade, o arquiteto e engenheiro Adolpho Lindenberg comemora as seis décadas de fundação da sua empresa. A Construtora Adolpho Lindenberg, reconhecida nacionalmente como a grife do mercado imobiliário, iniciou, em outubro, um ano de ações para celebrar seu aniversário, incluindo o lançamento do livro ´Influências - Olhares Paralelos sobre a Evolução da Sociedade e da Arquitetura Lindenberg´, escrito por Maiá Mendonça e pesquisa histórica realizada por Renato Cymbalista.. O lançamento acontece no dia 11 de novembro, na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, em São Paulo.
 
Ilustrado com belíssimas fotos do fotógrafo Rômulo Fialdini, a publicação traz duas narrativas simultâneas e harmônicas: uma delas traça uma linha do tempo da empresa inaugurada em 1954, e a outra, de cunho mais histórico, relata como a empresa influenciou e foi influenciada pela sociedade paulista, pelo cenário político-econômico nacional, pela arquitetura brasileira e construção civil brasileira e internacional.
 
A carreira e a criatividade de Adolpho Lindenberg conferem à leitura o atributo de referência em empreendedorismo e arquitetura brasileiros. Tamanho conhecimento nasce da criação de 700 empreendimentos, sendo 80% deles residenciais no inconfundível estilo Lindenberg e inúmeros comerciais com design arrojado, como os edifícios Eluma e o Brazilian Financial Center. Com este amplo portfólio, inovações e pioneirismos são características intrínsecas à marca.
 
EXCLUSIVIDADE
Adolpho Lindenberg foi o primeiro a oferecer aos seus clientes a possibilidade de customizar a planta do apartamento, no início dos anos 60. Hoje, a empresa conta com um departamento especializado, batizado de Personna, responsável por atender aos clientes que desejam fazer alterações no imóvel e modificar acabamentos na fase de construção.
 
O cuidado com o acabamento, que praticamente alcança a perfeição, é outra grande referência da marca. Essa atenção surgiu nos primórdios da empresa que, no início dos anos 50, contratou artistas de origem italiana, saídos do Lyceo de Artes e Ofíceos, para executar o trabalho. A qualidade de um Lindenberg começava pela inteligência do desenho das plantas, seu detalhamento e, principalmente, nos acabamentos impecáveis feitos por artesãos. E é assim até hoje.
 
Além de virar o jogo oferecendo estilização para um setor que tende à padronização, Adolpho Lindenberg construiu, na década de 70, o primeiro flat brasileiro, num projeto instalado nos Jardins e que foi totalmente vendido antes mesmo de seu lançamento – preconizando os chamados edifícios de uso misto, ou garden buildings, empreendimento em alta a partir de 2000. Também nos anos 70, Adolpho Lindenberg já era defensor do verde, cercando suas obras com jardins, como fez nos edifícios Milton de Souza Meirelles e Campos Elyseos. 
 
A inflação galopante da década de 80 também desafiou a criatividade de Adolpho Lindenberg, que respondeu criando um programa de pagamento para os seus clientes, o preço de custo – um rateio mensal que garantia a qualidade da construção e um ritmo de investimento que não penalizassem os desembolsos. Na mesma época, os apartamentos foram planejados com mais espaço para as despensas e os freezers cheios de comida congelada, um comportamento de compras bem usual a fim de correr contra as remarcações quase que de hora em hora dos preços dos produtos nos supermercados.
 
A construtora é reconhecida por ousar no lançamento do edifício Professor Adolpho Carlos Lindenberg (ACL), com 12 dos maiores apartamentos de luxo do Brasil. Localizado no Morumbi, o prédio de 12 andares conta com apartamentos de 1.223 metros quadrados.  
 
Na década de 80, a grife do mercado imobiliário também foi a primeira que se propôs a executar o desafio estrutural de colocar uma piscina por andar para cada apartamento, como fez com o projeto-emblema oferecendo a estrutura em leque no edifício Penthouse e, depois, no Roof, ambos no Morumbi.
 
Se os anos 80 foram da internalização do lazer, a partir da década de 1990, a Lindenberg notou e absorveu a internalização do trabalho nos apartamentos. No lugar dos austeros escritórios e bibliotecas, que eram quase símbolos de status, entrou em cena o home office, ambiente de trabalho para valer. Olhando para o futuro, a construtora detecta, já em 90, a tendência das varandas que podem ser integradas ao estar, como nos edifícios Outeiro da Glória e Groenlândia.
 
A ousadia da Lindenberg transitou entre os lançamentos do grandioso e luxuoso ACL , e os contemporâneos Leopolldo 695, de apartamentos pequenos e com oferta de serviços, e TRIO By Lindenberg, um projeto mixed use em construção em Piracicaba, no interior paulista. Em design, com seus janelões do teto ao chão, o edifício Light é uma das interpretações Lindenberg do morar no terceiro milênio, bem como as formas arredondadas para uma visão de 180 graus do edifício Lindenberg Joaquim Macedo.
 
A nova linguagem arquitetônica para este novo tempo pediu fachada mais limpa, piscina externa e o luxo de detalhes, como o piso de mármore, características contempladas no Lindenberg Tucumã. Entretanto, empreendimentos como o Lindenberg Panamby, Gironda e Timboril mostram que há espaço para a versão século 21 do neoclássico. 
 
HOJE
No começo dos anos 2000, a empresa se tornou parte do Grupo LDI, uma full service real estate developer, que atua em quatro áreas de negócios: incorporação, urbanismo, centros comerciais e construção. A Construtora Adolpho Lindenberg é a joia da coroa que a holding soube aproveitar como lastro de referência em qualidade e tradição, em todas as suas marcas – Lindencorp, REP e Lindenhouse.
 
´´O que mais me deixa satisfeito, realizado, é o fato de ter conseguido montar uma equipe de trabalho muito unida, consciente de pertencer a um todo empresarial formado por pessoas e não por funcionários burocráticos, anônimos e interessados somente em ganhar bons salários. Isso pode ser resumido numa frase: a construtora não é simplesmente uma empresa que incorpora e constrói, ela é uma família composta de diretores, engenheiros, secretárias e office-boys que almejam sentir-se bem, realizados, amigos entre si, dispostos a trabalhar em harmonia´´, diz o fundador da Lindenberg.
  
INÍCIO
Aos 30 anos de idade, Adolpho Lindenberg iniciou sua  carreira de empresário, na década de 50, construindo casas no estilo colonial. Escolheu, à época, o recém-projetado bairro do Ibirapuera, e fez sucesso com suas primeiras residências que lembravam o casario das Minas Gerais ou a arquitetura das sedes das fazendas paulistas de café.
 
O início da carreira colocou um desafio em sua vida. Numa guinada em seus negócios, em 1958, optou pelos projetos verticais. O cenário era controverso: a elite encarava a vida em apartamentos como uma queda de classe social, mas o crescimento populacional de São Paulo – o dobro do registrado no índice nacional - pedia um novo tipo de moradia. O arquiteto e engenheiro solucionou a equação desenhando projetos de mansões sobrepostas com o traço inconfundível do estilo neoclássico na fachada, que acabou se tornando sua marca registrada em suas recriações arquitetônicas.
 
A fórmula perfeita incluiu acabamentos nobres, pé-direito de mais de três metros, mármores importados, muitos ambientes, salas e saletas como mandava a moda, quatro quartos e dois banheiros, sendo um para o casal e o outro para os filhos, copa e cozinha imensas, dois quartos de empregada com um banheiro, área para lavanderia com espaço para a secagem de roupas, e duas vagas de garagem.
 
O formato da planta de um apartamento da década de 60, obviamente, vem mudando através dos anos, mas outros traços se perpetuaram no estilo Lindenberg de construir. O hall de entrada portentoso, com pé-direito duplo, mármore no piso, portas e gradis trabalhados são alguns deles.
 
Ostentando qualidade e exclusividade, a Construtora Adolpho Lindenberg remou contra o estilo Bauhaus (menos é mais) e forjou o estilo neoclássico em sua insígnia. Como? Com mestres de obras e equipes de confiança, todos profundos conhecedores do padrão Lindenberg de qualidade, um cuidado meticuloso do seu fundador que foi chamado de ‘inventor do alto padrão’ em reportagem publicada pela revista Veja.
 

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