Muito se fala em segurança dentro de um condomínio, mas temos que ter ciência de que ela não depende única e exclusivamente do poder público ou do síndico. Temos que lembrar que a segurança está calcada num ‘tripé’: sistemas eletrônicos, funcionários e moradores. Se estes três pilares não estiverem em sintonia, certamente o sistema como um todo falhará.
Tomemos como exemplo uma pessoa bem vestida que chega a um condomínio e se identifica como sendo visitante de um morador qualquer, e mesmo antes de ser anunciado pelo porteiro tem o acesso permitido ao interior do prédio. Na sequência, é anunciado o assalto e o porteiro é obrigado a dar acesso aos outros comparsas. Neste caso, de que adiantou todo o aparato de segurança implantado pelo condomínio ou mesmo o cuidado que os moradores tiveram para entrar ou sair do edifício? Autorizar ou não a entrada de pessoas?
Outro exemplo é o morador que insiste que entregadores em geral tenham acesso ao prédio. Depois de estar dentro do edifício, ele anuncia o assalto e mais uma vez o porteiro terá de dar acesso aos seus comparsas. Dessa forma, de que valeu termos um porteiro treinado e atento a um sistema eletrônico de segurança de última geração?
Por fim, imaginemos um porteiro atento, um morador consciente e um sistema de segurança ineficiente. Nesse caso, um marginal pode adentrar o condomínio pelos muros perimetrais, e a cerca elétrica, por exemplo, pode não disparar ou a câmera do CFTV estar inativa. Eu pergunto: de que adiantou termos porteiros e moradores exemplares?
Sendo assim, porteiros e moradores devem estar sempre atentos; os primeiros devem seguir as normas de segurança do edifício; já os moradores precisam debater exaustivamente o assunto, propor novas medidas que julgam interessantes e deliberar as decisões em assembleias. À administração interna cabe a tarefa de permanecer atenta às novas soluções tecnológicas, orientar os porteiros e dirimir dúvidas entre os moradores.
Segurança é responsabilidade de todos. Cada um precisa fazer a sua parte!