O alvinegro de Piracicaba vai disputar mais uma vez a série A1 do Campeonato Paulista, em 2014, e Ana França quer aproveitar a fase de auto-estima do time para conseguir um feito inédito: ser a representante escolhida como Gata do Paulistão 2013, organizado pela Federação Paulista de Futebol.
A disputa, entre as candidatas das 20 equipes que disputam o torneio tem duas fases. A primeira, a votação pela internet, começou no final de janeiro. A segunda etapa acontece em maio, com desfile das concorrentes.
“Estou bastante focada, aproveitando esse momento de otimismo do time. Ainda mais porque estamos no ano do centenário. O pessoal conhece e gosta do XV, é um time que tem a simpatia de muita gente, essa é a nossa vantagem”, conta Ana. Nas últimas semanas ela vem cumprindo uma série de compromissos e até apareceu ao vivo no programa Globo Esporte.
Este é o quinto ano da realização do concurso, que não conta com favoritas entre os chamados times grandes, ou seja, da capital. Ao contrário, apenas uma vez, em 2010, a vencedora foi do Corinthians, Fernanda Passos. Em 2009, ganhou a garota do Botafogo de Ribeirão Preto, Jéssica Carvalho. Nos dois últimos anos, o Bragantino levou o bicampeonato, com Lorena Bueri e Caroline Sautchuck.
Terminada a fase de votação pela internet, a FPF anuncia a realização do desfile com as finalistas. A vencedora receberá R$ 10 mil.
Na fase local do concurso, Ana foi escolhida no dia 30 de outubro do ano passado, entre outras 29 candidatas. “Achei que estava muito concorrido e sinceramente não esperava ser a vencedora”, garante.
De lá para cá, a vida da moça mudou. Veio a decisão de investir firme na carreira de modelo e a consequente decisão de deixar a função de corretora de seguros do Bradesco, em Rio Claro, onde mora. “Meu gerente ficou decepcionado. Disse que eu estava trocando uma profissão em que estava com o futuro garantido por algo totalmente incerto. Mas eu decidi investir no meu sonho”, revela.
A família sempre deu apoio e ela se emociona ao lembrar do pai, o pedreiro Marcos, que morreu há poucos meses, vítima de toxoplasmose. Ele sempre a incentivava. Já a mãe, a cozinheira Carmem, ‘fica em cima do muro’, segundo ela. “É muito bom você saber das suas origens e não ter vergonha, ao contrário, sentir orgulho. Esta é a minha base”, conta.
Ana fez curso de atriz, mas ainda não tirou a DRT. Tem feito vários testes para programas de televisão como Legionários e Pânico. Passa um bom tempo em corredores de emissoras, em clima de ansiedade. Por isso, namoro sério está fora dos planos. “Eu acho que homem não aceita bem isso”, explica. Mas as cantadas continuam a mil. “Tenho recebido de todos os tipos e você precisa ter jogo de cintura para falar não sem parecer agressiva. Porque sempre tem alguém mais sem noção que já vem falando em dinheiro. Mas isso é raro. A maioria é garoto do Facebook que acha porque eu curti o post dele, estou dando bola. Aí fica fácil de lidar”, ensina. (por Ronaldo Victoria)