Incontinência Urinária: como tratar
Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | ª Edição | Junho | 2014
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Foto: Shutterstock
Por Carla Campos
Tossiu, fez força ou agachou e sentiu a roupa molhada? Pode ser incontinência urinária.
A incontinência urinária (IU) não é tão incomum quanto se imagina. Muitas pessoas sofrem desse distúrbio, mas não contam sequer para seus médicos, pois, apesar de comum, ainda existem preconceito e resistência ao tratamento. A incontinência urinária muitas vezes é ocultada pelo paciente, pois gera desconforto, problemas de relacionamento social, além de baixa auto-estima.
Segundo pesquisas, a incontinência urinária afeta três vezes mais as mulheres do que os homens. Atinge 10% a 35% das mulheres com idade entre 15 e 64 anos, e 6% a 8% dos homens e mulheres com idade acima de 64 anos. Nos homens, é mais comum a incontinência urinária como consequência de cirurgia de retirada de próstata. Uma das áreas da saúde que tratam a incontinência urinária de uma forma não-cirúrgica é a fisioterapia, além de não ser medicamentosa. Antes do tratamento fisioterapêutico, que pode ser aplicado aos casos em que não haja indicação à cirurgia ou como um método para adiar ou evitar a cirurgia, é importante que o paciente passe por consulta com um médico urologista. Além do tratamento médico, que pode ser medicamentoso e/ ou cirúrgico, a fisioterapia ajuda o paciente a manter sua rotina e enfrentar as dificuldades diárias trazidas pela incontinência.
A abordagem fisioterapêutica pode ser realizada desde a prevenção da incontinência, para as pessoas que ainda não possuem a disfunção, mas que têm predisposição para tê-la como gestantes, atletas, mulheres com idade avançada, fumantes, obesos, mulheres na menopausa - até o tratamento de pessoas que já possuem a incontinência urinária, principalmente a de esforço, pois a fisioterapia dispõe de diferentes métodos que visam ao fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, como exercícios de cinesioterapia, também utilizando a bola suíça, ou por meio de equipamentos de eletro-estimulação, visando sempre ao restabelecimento das funções e controle desses músculos.
Saiba mais sobre IU
TIPOS
1. Incontinência urinária de urgência: é a perda involuntária de urina associada a um forte desejo miccional, ou seja, não dá tempo de chegar ao banheiro para urinar.
2. Incontinência urinária de esforço: é a perda involuntária de urina durante os esforços, como dar gargalhada, espirrar, tossir, carregar peso ou até mesmo caminhar. Normalmente ocorre por uma redução na função esfincteriana, ocasionada principalmente pela fraqueza dos músculos do assoalho pélvico.
3. Incontinência urinária mista: há uma combinação dos dois tipos
de incontinência, porém com o predomínio de um deles.
TRATAMENTOS
- Médico: que pode ser cirúrgico ou medicamentoso.
- Fisioterapêutico: que visa à reeducação da função dos músculos do assoalho pélvico, por meio de exercícios, ginástica hipopressiva, eletroterapia.
Fonte: Carla Campos, fisioterapeuta
Carla Campos Martins Chamochumbi é fisioterapeuta
e doutora em saúde da mulher pela
USP-Ribeirão Preto. Contato: 19 98111.7426
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