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Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 19ª Edição | Abril | 2015
Foto: Moreno Moura

Eles são profissionais fundamentais para o bom funcionamento de qualquer condomínio. Conheça os porteiros, suas histórias e seu trabalho

 
José Augustinho Pereira - Edifício Jardins
Nascido em Dourados, no Mato Grosso do Sul, ele está em Piracicaba há 30 anos e já se considera nativo. É que seus filhos são piracicabanos. E a gente pode chamar Augustinho de corajoso, já que ele teve seis filhos, com idades entre seis e 16 anos. ´´Tive um filho a cada dois anos. Hoje em dia não é comum, mas o prazer de ter uma família grande é uma alegria que Deus nos dá´´, conta o porteiro, que é evangélico. Frequentar a igreja é o programa principal da família. ´´Dizem que adolescência uma fase complicada e que hoje jovem dá trabalho e gasto. Além do mais, minha esposa é dona de casa e vivemos do meu salário´´, lembra Augustinho, que mora no Jardim Bartira. ´´Gosto do meu trabalho no condomínio e sou grato pelas amizades que fiz.´´
 
 
Luiz Adilson Ismael de Campos - Edifício Luiz de Queiroz
Há dez anos trabalhando no condomínio, Luiz conta que gosta do emprego porque é agitado e permite conhecer pessoas de todos os tipos. Bem diferente de um ofício anterior que ele teve, numa fábrica de caixões. ´´Com o tempo, você nem se impressionava. Ao contrário, era comum que a gente entrasse num caixão, na hora do almoço, para tirar um cochilo´´, lembra. A história só terminou porque o dono da empresa pediu que parassem, já que sempre tinha um ‘engraçadinho’ que colocava a tampa do caixão se alguém roncasse. Hoje, Luiz diz que as amizades que conquistou no prédio são bem diferentes. “É um pessoal bacana, tanto entre os moradores quanto entre os funcionários”, conta o porteiro, que nasceu em Piracicaba, é divorciado e tem um filho.
 
 
 
 
 
 
 
 
Marilza Moreira Lima - Edifício Capuchinhos
Algo que anda difícil para Marilza é ´horário vago´. Afinal, além de trabalhar como porteira das 14h às 22h, tem as manhãs ocupadas como diarista em casas localizadas em vários pontos da cidade. ´´Eu saio de casa, no Kobayat Líbano, antes das seis da manhã, e só chego depois das onze da noite´´, conta. Chega e já cai ‘morta’ na cama, sem pensar em mais nada. O pouco
tempo livre acontece nos finais de semana, quando geralmente fica com os dois netos, de 11 e nove anos. ´´As poucas vezes que vou ao cinema, só vejo filme infantil, para que os pais possam ver os filmes que querem´´, diz. Marilza está há 21 anos no condomínio e diz gostar muito. Separada há 30 anos, nunca mais teve notícias do ex-marido, mas não quis refazer a vida conjugal.

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