A vez das lâmpadas de LED

A combinação da alta do preço da energia elétrica em 2015, acima dos 50%, e a queda no valor da tecnologia LED está estimulando a substituição da iluminação nos condomínios. Na contramão do preço da energia, o valor no varejo da lâmpada LED caiu 50%, conta Enedir de Araújo Cintra, proprietário da Alucel Eletricidade. Além de econômica, a LED tem outros atributos que a colocam à frente dos outros tipos de lâmpadas: vida útil longa, maior resistência mecânica e frequência luminosa.

 

Cintra, que tem 25 anos de carreira como profissional da área de elétrica, conta que, enquanto uma lâmpada tradicional usa 60 watts, a LED consome apenas nove watts. Pensando em baixar custos, a síndica Walterly Sanches, a Lili, do edifício Faride Maluf Alves, no bairro São Judas, promoveu a troca de 80 pontos de luz e diz que, em agosto, o valor da conta de luz ficou R$ 130 mais barata em relação a abril – uma redução de 500 watts no consumo de energia para o mesmo período comparativo. “Investimos R$ 1.200 e, junto com a redução do consumo, também ganhamos na qualidade da iluminação”, diz a síndica.

 

No edifício comercial Campos Salles também foi feita a substituição pela nova tecnologia.“O efeito que percebemos é que, mesmo com os aumentos da energia que ocorreram no ano, o valor da nossa conta ficou estável”, conta o síndico e advogado Carlos Roberto Rodrigues Martins.

 

Outro ponto relevante quanto à adoção da LED no Campos Salles foi a solução para a garagem inferior do prédio. “Lá a iluminação funciona por sensor de presença, e sempre acontecia da lâmpada queimar. Isso era um grande incômodo porque a garagem é um ambiente escuro, mas agora o problema foi sanado. Também ganhamos em luminosidade, já que a LED é

muito mais clara, perfeita para o ambiente com pouca luz natural”, diz Martins, que está substituindo todos os demais pontos de luz por LED à medida que as lâmpadas antigas vão se queimando.

 

A tecnologia LED gera mais luz com menor consumo de energia, graças ao sistema de emissão de luz baseado em diodo, explica Renato Boaratti, sócio de Daniel Panciera na Atual Automação. Segundo ele, que tem 18 anos de experiência na área, a combinação do uso de LED com um sistema fotovoltaico (que utiliza energia solar para gerar energia elétrica) resulta em um consumo autossuficiente. “Além dos óbvios benefícios ambientais, bem como ganhos econômicos, a planta solar de boa qualidade dura até 30 anos”, explica

Boaratti.