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Mesada educativa

Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 26ª Edição | Agosto | 2016

 A mesada é uma boa ferramenta de educação financeira. Ensinar os filhos desde cedo a fazer cálculos e conhecer quanto custa seus desejos consiste numa etapa de preparo para a vida. Para saber mais sobre o assunto, a Revista Tutti entrevistou Tarciso de Assis, da Centro Consultoria. Ele é professor de ensino técnico e graduação, administrador e pai da Ana Clara, e dá dicas imperdíveis para começar a soltar aquela ‘graninha’ para os pequenos. 

Tutti – A partir de qual idade os filhos podem receber mesada e como calcular um valor ideal?
Tarciso de Assis – Definir o momento da mesada tem a ver com a cultura familiar. Pais mais protetores podem ter algum receio desta ‘liberdade’ que o dinheiro pode precocemente proporcionar à criança. Penso que essa autonomia é importante e, tão logo a criança consiga atribuir valor objetivo às coisas, ela deve aprender a lidar com o dinheiro. O valor deve ser suficiente para cobrir as despesas que a criança deverá assumir, como lanches e passeios, além de deixar uma margem para a poupança.
 
O mundo vive crises políticas e econômicas. É possível utilizar a mesada para introduzir estes assuntos complexos na vida dos filhos? Como?
Em momentos de crise temos que avaliar como investimos e consumimos nossos recursos. Além do quê o padrão de felicidade em nossos dias está relacionado à nossa capacidade de consumir em detrimento do que nossa renda permite. Creio que formamos adultos maduros a partir de crianças que, dentro de seu universo, enfrentem esses desafios. Não acho uma atitude sábia privar os filhos de dificuldades, por mais amor que esteja envolvido neste ato.
 
Vivemos com menos dinheiro ou com custos em alta. Quais são as atividades remuneradoras que os jovens podem exercer?
Em nossa cultura o trabalho é posto como uma coisa ruim. Muitas vezes, chegamos em casa após um dia difícil e demonstramos aos filhos que o trabalho é algo que nos consome a alma. A cultura do prazer pelo trabalho e por suas recompensas é que deve nortear estas atividades. Enquanto não pode trabalhar, o jovem pode realizar tarefas que representariam o consumo de nossos recursos, como lavar o carro. Mas é importante que a remuneração somente não seja um fim em si mesmo.
 
Devo orientar meu filho nos gastos ou deixo-o livre para decidir sobre o uso da mesada?
A liberdade o ajuda a aprender com os próprios erros. Se ele gastar toda a mesada no primeiro passeio do mês, deverá ficar sem dinheiro o resto do mês. Precisamos, como pais, ser assertivos nisto. Não vale aqui usar o coração em lugar da razão.
 
Como evitar que criança se torne consumista?
A palavra convence, o exemplo arrasta...
 
Tarciso de Assis é consultor financeiro da Centro Consultoria – Fones: (19) 98181-1211 e (19) 98191-7461

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