Uma das primeiras temakerias de Piracicaba, a Makis Place está desde fevereiro num agradável local no Jardim Europa. Além da especialização em temakis – aqueles cones feitos de alga e recheados com gohan (arroz japonês) e vários acompanhamentos -, a casa tem chamado atenção pela frequência jovem e por permanecer aberta até altas horas (duas características que combinam).
Aos fins de semana, a Makis Place, que está numa pequena e charmosa galeria da rua Dona Eugênia, fica aberta das 11h30 às 5h. “Estamos indo bem porque não havia esse conceito de temakeria na cidade. E temos mais de 70 sabores, tentando atender a todo tipo de gosto”, conta Rhudner Gil, 25, que administra a franquia local de uma rede com sede em Campinas ao lado da esposa, Camila Pires.
O restaurante está preparado até mesmo para atender aquele cliente que não gosta de gohan, substituído então por flocos de arroz. E quem não curte a alga pode optar por folhas de soja para enrolar o recheio. Quanto às opções, as mais procuradas têm peixes. Salmão é o número um, seguido por camarão e atum.
Os vegetarianos podem escolher para o recheio alface, pepino, massas, queijo brie, abacate ou os cogumelos shimeji e shitake. Sem contar frutas como morango e manga, em misturas bem exóticas. Mas a opção que mais sai, de acordo com Gil, é salmão com cream cheese, queijo e cebolinha.
A abertura da franquia em Piracicaba representa um sonho do jovem casal, que se conheceu na cidade quando ambos cursavam ciência dos alimentos na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). “Sempre acreditamos no potencial da cidade, que está crescendo muito. Pensamos em montar um restaurante próprio, mas a franquia chegou em boa hora”, conta Rudner, que se especializou em comida japonesa, juntamente com Camila, curiosamente em Paris, durante dois anos e meio.
A proximidade com a central facilita bastante o trabalho. Pois a cozinha central fica em Campinas e abastece todas as mais de 70 unidades. “Trabalhamos com produto perecível, que não dura mais de três dias, e nesse esquema fica muito mais viável”, enfatiza Rhudner. A rede vai abrir um quiosque no Shopping Piracicaba em breve e outra unidade no futuro Shopping Taquaral, este também a ser administrado pelo casal.
Quanto ao ‘boom’ da comida japonesa, Gil diz que não se trata de modismo e sim de algo ligado a uma palavra: saúde. “É comprovadamente mais saudável e também saborosa. E a juventude, de maneira geral, gosta muito”, conta o administrador, que acrescenta não servir apenas temaki, mas também opções de sushi, sashimi, uramaki e outras delícias japonesas.
Camila, que além de atuar junto com o marido na administração, gosta de ‘pilotar’ a panela elétrica, diz que não existe propriamente uma receita de temaki, mas um jeito ideal de fazer o gohan, que dará o sabor. O recheio escolhido entra in natura.
Ela conta que o ideal é fazer o gohan numa panela elétrica. Coloca-se quatro copos de arroz japonês (ou cinco xícaras) e cinco copos de água. Cozinha o arroz, e depois de evaporada totalmente a água, é melhor deixar tampado por uns 20 minutos para que fique meio grudado. Para o tempero, use 100 ml de vinagre japonês (ou de maçã), quatro colheres (de sopa) de açúcar, uma colher (de chá) de sal e duas colheres (de sopa) de saquê culinário. Leve ao fogo e, quando começar a ferver, desligue. Depois, espalhe o gohan numa tigela junto com os acompanhamentos e enrole na alga.
“Nós temos aqui a facilidade de ter matéria-prima de excelente qualidade, incluindo uma alga muito crocante”, destaca Camila. Ela também conta que a refeição não fica cara, já que existem temakis a partir de R$ 8. (por Ronaldo Victoria)