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Os gloriosos 50 | Capa

Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 28ª Edição | Maio | 2017
Foto: Guilherme Miranda

Por Cristiane Bonin

 
Nos novos tempos, mulheres chegam aos 50 anos cheias de beleza, vitalidade e muitos planos
 
Foi-se o tempo em que chegar aos 50 anos para a mulher significava se aposentar, cuidar dos netos, dedicar mais tempo ao tricô e outras coisas do gênero. Há quem diga que os 50 anos são os novos 30! E essa transformação é mais do que explicável. Primeiro, porque a expectativa de vida da mulher brasileira chegou a 79,1 anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo, porque medicina e ciência avançam sem parar e há prevenção e tratamento para quase tudo quando o assunto é saúde, beleza e qualidade de vida. As mulheres contemporâneas, que chegaram aos 50, estão em plena atividade pessoal e profissional. Mudam de profissão se assim desejarem, deixam relacionamentos infelizes, buscam viver de forma mais intensa. Mais maduras, seguras de si e geralmente estabilizadas na profissão, essas mulheres, quando sozinhas, são conhecidas como swofties – solteiras, desejadas e que despertam admiração, como é o caso da atriz Sharon Stone e da cantora Madonna, por exemplo.
 

Em Piracicaba, as empresárias Christina Carrazedo (capa), 57, e Cláudia Gobbo, 51, são referência entre as mulheres da sua idade. Modelo na adolescência, depois apresentadora na TV Cultura e NET, Christina também passou pela Band e, atualmente, é diretora da rádio 92 FM. Fora do trabalho, ela se divide entre as aulas de pilates e a família, que reside na capital paulista. “Entrar nos 50 foi apenas mais um aniversário. A perda do meu pai, quando eu tinha 53, que me fez parar para pensar sobre a vida. Apesar de muito lúcido, ele se foi e me fez assumir algumas responsabilidades e, a partir de então, entendi sobre a finitude das coisas. Que eu precisava aproveitar a vida porque, um dia, ela acaba. Hoje, o que me faz feliz não é nada complexo. Estar com a família, com os amigos ou tomar um sorvete. A vida é muito simples”, diz Christina que, além do pilates, faz acupuntura e reflexologia, e se alimenta à la Rita Lobbo, ou seja, come de tudo sem exageros.
 
Multifacetada, Claudia Gobbo é fashion designer formada pela escola Marangoni, de Milão, e encabeça duas empresas, uma familiar e um negócio próprio, a Villa Branca, uma belíssima mansão para eventos corporativos e sociais. Sua maior satisfação é fazer parte, como voluntária, do projeto Cãopanheiro no Hospital dos Fornecedores de Cana. Para ela, a idade não passa de um número. “Entrar nos 50 anos é uma etapa de amadurecimento. O que define a minha juventude é o estado de espírito forte, positivo e altruísta que eu me condiciono a ter. Começaria a minha vida aos 45 anos, com certeza”, declara. Adepta de cuidar do corpo de dentro para fora, Cláudia mantém uma alimentação saudável com frutas, folhas, legumes, sementes, alimentos e sucos naturais, cuida da pele com cremes e filtro solar, e faz meditação semanalmente. “O que me faz feliz hoje é minha filha, família, amigos e meus animais. Não existe fórmula melhor”, garante.
 
Tanto Cláudia como Christina afirmam que sua geração quer uma vida com mais qualidade. Sim! Os tempos realmente mudaram e estas mulheres incríveis têm como aliados os conhecimentos sobre a medicina do corpo e da estética, o valor nutricional dos alimentos e o bem-estar físico e mental. Acompanhe a seguir dicas e informações valiosas que a Revista Tutti selecionou.
 
SAÚDE EM DIA
O ginecologista é o médico que acompanha a mulher durante boa parte da sua vida, começando pela adolescência. O vínculo criado com este profissional somado ao seu embasamento técnico são os principais aliados na prevenção e diagnósticos dos problemas da saúde. Entre 48 e 52 anos de idade, começa a fase mais delicada na vida da mulher: a climatérica ou menopausal, alerta a ginecologista e obstetra Silvana Maria Magro Koren, com quase 30 anos de carreira. Com 50% de suas pacientes nesta idade, Silvana aponta que o ginecologista acaba se tornando um amigo e um clínico geral. A boa notícia é que a mulher madura contemporânea é assídua às consultas preventivas. “Elas estão preocupadas com tumores, osteoporose ou envelhecimento celular. Hoje são focadas em ter
uma qualidade melhor de vida na Terceira Idade”, conta.
 
Com a consolidação da terapia à base de hormônio, o mal-estar com a menopausa deixou de ser um “bicho de sete cabeças”. “Conseguimos amenizar muitos sintomas que anteriormente não eram tratados. A redução da sintomotologia é possível com hormonioterapia, orientação nutricional e atividade física. Tudo isso melhora o metabolismo. Há dez anos houve esta segurança em relação ao tratamento com hormônios e uma campanha nutricional focada na saúde é muito ‘ventilada’, seja pelos sistemas de saúde ou internet. Também a mulher não fica mais trancada dentro de casa, ela tem que ter saúde porque trabalha e cuida da casa”.
 
Apesar da terapia hormonal não aumentar risco de câncer desde que seja acompanhada e orientada pelo ginecologista, Silvana Koren alerta que não são todas que podem usar hormônio, como as que já tiveram ou têm antecedente familiar próximo com câncer ginecológico, doenças do fígado, doenças vasculares (trombose) ou insuficiência renal. Neste caso, o médico pode optar por terapias alternativas, como o fito-hormônio, psicoterapia ou medicamentos ansiolíticos e antidepressivos.
 
Para as que se enquadram com o emocional abalado, seja por conta das alterações físicas ou pela falta da companhia dos filhos que se tornaram adultos, a ginecologista recomenda: “O exercício físico e a alimentação ajudam bastante. Se está aposentada, ocupe seu tempo com trabalho voluntário. Não precisa trabalhar, precisa sair de casa e estar bem fisicamente”.
 
Para a faixa etária dos 50, a ginecologista recomenda no dia a dia da mulher 40 minutos de atividade aeróbica para a prevenção de osteoporose, redução da ingestão de açúcar e gordura para combater o diabetes e pressão alta, e banho de Sol por 15 minutos sem protetor para aumentar o nível de vitamina D, que ajuda na fixação do cálcio.
 
“A menopausa pode levar a mulher a engordar um quilo ao ano, então, é preciso fazer dieta e aumentar a atividade física. Nesta idade, o sobrepeso é direcionado para o abdômen, um padrão masculino justamente por conta da redução dos hormônios femininos. Esta fase implica em mais cuidados, inclusive com pele. São as melanoses, manchas que precisam ser evitadas com mais protetor solar, principalmente no rosto, colo e braços.” 
 

TECNOLOGIA EM PROL DA BELEZA
Marcas do tempo ou efeitos da má alimentação se revelam por todo o corpo. A boa notícia é que a tecnologia estética pode resolver muitos destes problemas que incomodam ao se olhar no espelho, revela Diógenes Bonisson, médico responsável pela Clínica Vita. “Aos 50 anos, surge um somatório de fatores na pele, dos intrínsecos, como idade, genética, aos extrínsecos, como os efeitos do Sol ou do tabagismo”, observa.
 
Para o rosto, há técnicas de rejuvenescimento que eliminam manchas, rugas, linhas de expressão e melhoram o contorno facial. “É possível repor o volume do rosto ou refazer o contorno da mandíbula, ambos problemas bem frequentes na faixa etária dos 50 anos”, informa o médico.
 
Para o corpo, a Clínica Vita oferece tratamento contra gordura localizada, celulite, flacidez – dos braços, pescoço, mãos e colo, incluindo manchas. Também há recursos para as temíveis estrias e cicatrizes, como as deixadas por abdominoplastia. “Estas marcas podem ser suavizadas, é possível tratá-las com bons resultados. Os tratamentos podem ser realizados com o laser e outras técnicas, apresentam sinais de melhora em três sessões mensais, em média”.
 
Entre as técnicas disponibilizadas pela Clínica Vita para o rosto, os principais são o laser, preenchimento para repor volumes, toxina botulínica – para paralisar as rugas de expressão –, fios de sustentação – para reposicionar os tecidos e melhorar o contorno facial –, e peeling – para rejuvenescimento e manchas. “A toxina botulínica, por exemplo, é aplicada no músculo e, o fio é subcutâneo, implantado na camada de gordura. O resultado da toxina é possível ser notado entre três dias a até três semanas; já no caso do fio de sustentação, o efeito lifting é instantâneo e se mantém por mais de um ano e meio”, detalha o médico. Contra a flacidez, o peeling ou o laser atuam na descamação da camada externa – técnicas utilizadas tanto para a face como para o corpo – e estimulam a produção do colágeno e da elastina, com melhora visível a partir de três semanas.
 
Para a melhora da gordura localizada e celulite, utilizam-se substâncias que funcionam como um redutor de gordura e, em média, é possível notar sensíveis melhoras em dois meses, dependendo do grau da celulite. “É possível corrigir determinados comportamentos, mudando hábitos de forma saudável. Sempre há como melhorar a alimentação e incentivar a prática de exercício físico, conforme as necessidades de cada pessoa”, destaca Bonisson. 
 
A ORDEM É SE MEXER
Na academia é possível curar, controlar e até mesmo se livrar da medicação para alguns problemas de saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e riscos cardiovasculares. A prática de exercícios supervisionados por um preparador físico, juntamente com um profissional de nutrição, são suportes que podem ser oferecidos por uma boa academia, o que pode contribuir significativamente para o controle e até mesmo para o fim destas patologias.
 
Este é o formato do programa de atendimento da marca norte-americana Curves, que tem unidade em Piracicaba, com ginástica especializada para mulheres. As proprietárias Cristiane Domenico e Rosana Castilho têm público de nove a 82 anos de idade. “Na faixa etária dos 50 anos, a mulher passa por grandes transformações hormonais, contribuindo para uma diminuição do metabolismo basal e aumento de peso e, consequentemente, da gordura corporal”, explica Rosana, preparadora física e técnica em nutrição.
 
Ambas as proprietárias ressaltam que nesta fase da vida começam a surgir também os desgastes nas articulações, quando aparecem as dores no corpo, afetando principalmente coluna e joelhos. “Mulheres dessa faixa etária nos procuram não somente por estética, mas pela saúde”, relata Cristiane, que atua na área há mais de dez anos.
 
Aluna assídua da Curves há seis anos, Denise Bisson, 56, conta como a ginástica mudou sua vida: “Consegui controlar o peso e me livrei das dores fortes decorrentes de uma fibromialgia. Como também ganhei massa óssea, tive uma regressão significativa da osteoporose que me incomodava há tempos”. Para acompanhar a saúde, na Curves são realizadas mensalmente avaliações físicas. “Desta forma comprovamos que, em apenas um mês, é possível obter resultados satisfatórios tanto na perda da gordura corporal como no aumento da massa magra e óssea”, explica Cristiane.
 
Além do circuito de 30 minutos, e sem custo adicional, a Curves também oferece aulas de body combat e sh’bam (modalidades da marca BodySistems), zumba, axé, aero dance, ballet dance, G.A.P e alongamento. As proprietárias explicam que estas aulas conferem agilidade, melhora da coordenação motora, e fortalecem o sistema cardiovascular, tudo sem a pressão de estar fazendo exercício e com muita diversão.
 
 
Silvana Maria Magro Koren – rua Rangel Pestana, 339, Centro, Piracicaba (SP) – (19) 3432-9406.
 
Clínica Vita – em novo endereço: avenida Centenário, 886, São Dimas, Piracicaba (SP) – (19) 3375-9967
WhatsApp (19) 97419-6363 – clinicavitapiracicaba.com.br
Facebook.com/clinicavitapiracicaba
Instagram @clinicavitapiracicaba
 
Curves Piracicaba – rua Alfredo Guedes, 1.963, Bairro Alto, Piracicaba (SP) – (19) 3435-7215
www.curves.com.br
Facebook.com/Curves-Piracicaba
Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 7h às 20h (treinos sem horário marcado).

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