Restauração é uma arte | Ser saudável
Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 28ª Edição | Maio | 2017
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Foto: Cristiane Bonin
Cirurgião-dentista fala dos recursos tecnológicos disponíveis para a dentística estética reparadora
A restauração de um dente é uma arte complexa. Após investigação minuciosa do cirurgião-dentista, há dois caminhos: os procedimentos diretos ou indiretos. Da antiga amálgama às facetas de porcelana, muita coisa mudou na odontologia contemporânea, explica o cirurgião-dentista Diogo Dressano, que está concluindo o doutorado e atua em dentística estética restauradora.
“A arte da restauração não é apenas uma profissão manual. Ela é também profundamente cultural. O restaurador precisa ter conhecimento de história da arte, química, conservação, metodologia de trabalho, entre outras especificidades”. Esta afirmação é do designer italiano Andrea Papi, grande mestre restaurador de obras antigas. Seu significado vai muito além das obras em madeira, mármore ou tijolos. “Papi sintetiza, na essência, todo o conjunto de atividades necessárias para restabelecer danos decorrentes do tempo”, contextualiza Dressano.
No consultório odontológico, a primeira etapa a ser cumprida pelo dentista é a de investigação profunda do paciente, incluindo seu histórico, compreensão da estrutura, morfologia, força de mastigação, harmonização do sorriso. “A partir daí, o profissional pode definir a metodologia, selecionando as melhores intervenções e materiais”, explica o especialista em estética e restauração.
NO CONSULTÓRIO
A chamada forma direta é o procedimento feito no consultório para casos de pequenas fraturas ou cavidades. Substituindo a amálgama – que é pouco estética e pode ocasionar trincas ou fraturas dentais ao longo do tempo –, a odontologia atual dispõe das resinas, que têm como principal característica a capacidade de adesão ao dente, diminuindo chances de infiltração. “Seus avanços garantem maior resistência e estética, possibilitando seu uso tanto nas restaurações propriamente ditas, como na colagem de próteses cerâmicas”, relata Dressano. Outro material de restauro disponível hoje é a cerâmica. Neste caso, o procedimento é classificado como indireto porque envolve o trabalho de um protético que não atua dentro do consultório do dentista. “Assim, o procedimento demora mais para ser concluído porque o protético pode precisar até de duas semanas para entregar a prótese. Este recurso é indicado apenas para dentes com grande perda de estrutura, os quais são incapazes de suportar as forças da mastigação”.
Mas as inovações não pararam. A cerâmica se revelou, sim, como possibilidade para a fabricação de próteses finas, de alta resistência e livres de metal. Entretanto, sua aplicação, frequentemente, deixava a gengiva ao redor do dente escurecida. A novidade são as facetas ou lentes de contato, que receberam estes nomes justamente pela sua espessura mais fina. “Elas são utilizadas com um viés mais estético, recobrindo apenas a parte frontal do dente. Entretanto, é preciso cautela na sua indicação, já que sua popularização gerou um conceito equivocado de que sempre é possível reestabelecer a harmonia funcional e estética apenas com essas próteses, excluindo o uso de aparelhos ortodônticos, e ainda sem desgaste dental”, alerta o especialista.
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