Orgânicos na mesa | Tutti S.A

 

A Cesta Livre é a mais nova loja virtual exclusiva para Piracicaba de produtos orgânicos, todos certificados pelo Ministério da Agricultura. O site disponibiliza cerca de 120 itens, divididos em hortifruti, mercearia e ovos e laticínio. Há também a opção de cestas prontas, nos tamanhos pequeno, médio e grande, com 10% de desconto frente ao preço da compra livre. O pedido é entregue ao custo de R$ 6 no endereço indicado pelo cliente e na faixa de horário da sua preferência, das 9h ao meio-dia ou das 17h às 20h. As entregas são realizadas às terças e sextas-feiras. Para garantir que o alimento chegue fresquinho até o cliente e que não haja desperdício, o pedido tem que ser feito com pelo menos dois dias de antecedência.

 

A idealizadora da loja virtual é Débora Rofatto que, após um período vivendo na capital paulista, atuando na área de estatística, decidiu voltar ao interior em busca de qualidade de vida. “A ideia da venda de orgânicos veio de uma necessidade própria, pois, eu já era consumidora destes alimentos. Até então, para encontrar os produtos que eu queria, gastava muito tempo entre mercado, feira e lojas físicas. Para mim, o ideal seria ir uma vez por semana a um só local e encontrar todos os produtos, o que não acontecia. Não era nada prático e ainda tinha a dificuldade de ir a estes lugares em horário comercial, que coincidia com o meu horário de trabalho.”

 

Débora uniu seus hábitos à praticidade da compra on-line e lançou, em outubro de 2016, o site Cesta Livre. O formato demandou uma etapa anterior, de oito meses, para o mapeamento de fornecedores de orgânicos certificados, incluindo agricultores da região, de outros Estados como Minas Gerais e de outros países, como o vinho que vem da Argentina.

 

O site oferece verduras, legumes, frutas e temperos. Também tem arroz, feijão, suco, molho de tomate, massa, doces, café em cápsula e a única cerveja orgânica certificada no Brasil. Há opções para praticamente todos os momentos, uma saída para a lamentável posição brasileira de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. “O uso destas substâncias químicas na agricultura é extremamente prejudicial ao meio ambiente e à nossa saúde. Os casos de doenças por conta do consumo de agrotóxicos aumentam a cada ano, principalmente o câncer. Mas, em 2010, o governo federal deu um passo importante no enfrentamento da agricultura convencional ao estruturar o selo de certificação orgânica, fato que trouxe maior credibilidade ao segmento e impulsionou o aumento de produtores de orgânicos”, conta Débora.

 

Sem veneno e valorizando o produtor rural, o orgânico se opõe à agricultura convencional, que ‘amarra’ a concessão de crédito ao pequeno produtor à compra de kits que incluem sementes transgênicas, agrotóxicos e fertilizantes químicos, por entender que este formato é uma garantia de colheita. “É relevante impulsionar a agricultura orgânica para que cada vez mais produtores rurais migrem para a produção orgânica e a oferta de produtos locais seja maior. O fato é que estamos literalmente nos alimentando de um sistema pernicioso. Todo mundo fala que o orgânico é caro, mas você já parou pra pensar por que o convencional é barato?”, problematiza Débora.

 

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