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5 dicas para um projeto de qualidade

Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 04ª Edição | Outubro | 2012
Foto: Nilo Belloto

O arquiteto Zepa Renci relaciona as qualidades de um bom projeto arquitetônico

Não há obra de qualidade sem um bom projeto arquitetônico, diz o arquiteto piracicabano Zepa Renci. Segundo ele, o custo de um projeto equivale a, aproximadamente, 5% do valor total dispendido na obra, que demanda alto nível de investimento, envolvendo gestão, manutenção e grande impacto sobre o meio ambiente.
Zepa afirma que um projeto residencial terá qualidade quando possuir um conceito que o direcione e resolva da melhor maneira as questões abaixo:

1 – Topografia - Facilmente percebe-se a adequação da proposta arquitetônica ao terreno. Normalmente, uma solução inadequada, ou seja, uma solução que ignore as condições físicas do local, levará a acréscimos de custos e prazos e, por mais que se tenha uma perfeita gestão da produção dos projetos (arquitetônicos e complementares), o resultado estará prejudicado por um problema de concepção inicial.

2 – Insolação e ventos predominantes - “O clima de uma região predomina sobre todas as coisas” e é, portanto, pré-condição para a criação de espaços arquitetônicos confortáveis aos seus usuários. O conhecimento do posicionamento do Sol e dos ventos predominantes deverá direcionar a organização dos espaços para que venham a oferecer as melhores condições de conforto. A informação sobre os materiais e suas propriedades, como o fator isolamento térmico, também pode contribuir para garantir esse bem-estar.

3 – Dimensionamento - Do ponto de vista mais crítico e objetivo, muitas vezes percebe-se a inadequação das dimensões propostas. Há salas de televisão nas quais o telespectador fica bem próximo da tela, dormitórios em que, para se abrir a janela é necessário subir na cama; cozinhas onde não se consegue colocar os equipamentos necessários; além disso, nas habitações que possuem dormitórios de empregada, os quais são chamados de ‘depósitos’, mas, de fato, são dormitórios, e assim por diante. Todos esses aspectos são de fácil constatação por um bom arquiteto.

4 - Adequação tecnológica - Um projeto estrutural mal proposto pode gerar edificações inadequadas às funções previstas ou incapazes de suportar mudanças ou adaptações. Existem garagens que não permitem uma adequada circulação dos veículos, assim como pilares mal colocados que impossibilitam a flexibilidade dos espaços propostos. Mais uma vez seria importante ressaltar que os conceitos, que geraram a arquitetura moderna de boa qualidade, realizada nos últimos 70 anos, levaram em conta esses aspectos.

5 - Pertinência de materiais, técnicas e formas - Há edificações nas quais percebe-se nitidamente a total inadequação dos materiais e, consequentemente, de suas formas. Podem ser constatados vários tipos de inadequações, desde propostas estruturais que não condizem com a forma proposta, até o uso de técnicas alheias ao conhecimento local. Como, por exemplo, o uso indiscriminado de vidros nas fachadas, que geralmente transformam um ambiente em uma verdadeira ‘estufa’ e acarretam um grande consumo de energia devido à necessidade do uso intenso de ar-condicionado.

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