Tenho verdadeira adoração por Piracicaba. Além de ser minha cidade natal, é o berço da minha família. Lembro-me que sempre que vinha para cá com meus pais e irmão (na infância, morei em outras cidades do interior com minha família), eu tinha um sentimento de que aqui era o meu lugar.
Quando a notícia chegou de que viríamos para cá, de mala e cuia, foi um dia emocionante. Mudança não era problema para nós. Estávamos acostumados a esse ritmo e, para ajudar, a cidade nos acolheu como filhos da terra.
Estudei, me formei em jornalismo pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e há oito anos trabalho nessa profissão que sempre foi minha verdadeira paixão. Passei por rádio, televisão, cursei letras português, dei aulas de redação, e há três anos sou colunista social da Gazeta de Piracicaba, onde escrevo a coluna Perfil diariamente, contando aos leitores fatos sobre acontecimentos sociais na cidade.
Ser colunista social é, no mínimo, interessante. Fazer contato, ter bons relacionamentos e boas fontes, ter disponibilidade para saídas noturnas, ser paciente e ser humilde são ingredientes que fazem a profissão ficar mais leve. Tem, sim, o lado ‘glamour’. Bons lugares, ótimas bebidas e comidas. Estar perto de gente bonita, cheirosa e, claro, bem educada, faz bem para qualquer pessoa.
Mas ser chique não é mérito para qualquer um. Não digo o chique do vestuário, se está usando essa ou aquela marca de roupa, qual restaurante frequenta, que carro tem na garagem... É ter a educação em dia, sorrir de forma sincera, querer bem ao próximo. Mau humor é muito chato, entedia. E, para sempre começar bem o dia, escrevo na coluna Perfil uma frase. É um momento em que o leitor tem um encontro consigo mesmo, antes de ver quem está estampado na página. Gosto muito dessa frase do poeta Mário Quintana: "No fim hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não consegue levar.” Basta ter leveza nas coisas que faz, saber ouvir, ser amável. Não machuca e o resultado, pode ter certeza, que será muito gratificante.