Em tempos de câmbio baixo, nunca esteve tão favorável a viagem internacional como agora. Para os interessados na cultura árabe, duas opções são paradoxais e ao mesmo tempo extremamente atrativas: Marrakech, no Marrocos, e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Geograficamente cada cidade está num canto do chamado Mundo Árabe que compreende toda a extensão do norte africano, até o Oriente Médio, região pertencente à Ásia e frequentemente lembrada pelo petróleo e conflitos.
Dubai sem dúvida é a mais badalada das cidades árabes. Foi o primeiro centro a se tornar cosmopolita e a quebrar, em parte, a governança liderada pela religião islâmica, passando a mover-se explicitamente por motivos econômicos. Tornou-se um ícone da modernidade e uma referência para o desenvolvimento de todo o Mundo Árabe.
Quem busca uma viagem para encontrar algo inusitado e diferente poderá ter em Dubai uma boa surpresa. O antigo e velho conceito árabe das burcas e turbantes contrasta com centros comerciais avançados e uma arquitetura que deslumbra, como o mais alto edifício construído pelo homem, o Burj Dubai, com quase 900 metros de altura.Engana-se quem acredita que vai encontrar uma cidade fabricada e falsa. Dubai impõe seu estilo com a mesma rapidez com que foi construída.
Dentre as opções obrigatórias destaco a estação de esqui dentro de um shopping center e as estadias no deserto com direito a camelos, tendas e comidas típicas. Uma boa época do ano para ir é a partir de outubro até abril, em que o clima é agradável e não sufoca como o Verão de quase 50 graus. Com um pouco mais de tempo na cidade, dê uma esticadinha para Abu Dhabi, que está a uma hora. Não vai se arrepender.
É necessário visto de entrada para os Emirados Árabes e agências de turismo podem consegui-lo com facilidade por meio da sua rede hoteleira, que tem departamento específico para o assunto. Se você tem no passaporte com passagem por Israel, poderá ter ressalvas e certa dificuldade. Esta é uma pergunta que faz parte do questionário do consulado dos Emirados Árabes no Brasil. Não conheço ninguém que tenha sido barrado, porém vale lembrar que, em viagens internacionais, o jargão ‘todo cuidado é pouco’ é valioso.
Ao contrário de Dubai, Marrakech está no século 15 sob a administração de um governo arcaico em que a distribuição de renda está longe de acontecer. Sua maior riqueza está na cultura secular refletida na arquitetura, culinária e artesanato que deixa qualquer um louco para trazer um container de bugigangas para casa em tapetes, lustres e suvenires dos mais diversos tipos.
Um tour pelo Sug (mercado tradicional) é uma experiência única que remete ao passado e a aglomeração de gente entre turistas e locais em suas vestimentas tradicionais a princípio choca, mas em seguida você se envolve no bolo e se diverte muito. Só lembramos que estamos no século 21 quando ouvimos e disputamos espaço entre as motonetas que cruzam todo o tempo as ruelas em meio aos pedestres. Cuidado ao abrir uma negociação por algum objeto. Os vendedores árabes são como nossos vendedores de rede.
A culinária marroquina está entre as mais elaboradas do mundo e merece destaque. O hotel La Mamounia é um verdadeiro palácio que pode ser desfrutado por quem possa pagar uma diária a partir de R$ 1.000. Por outro lado existe uma bem estruturada rede hoteleira que oferece conforto e tranqüilidade, com diárias entre R$ 200 e R$ 400. O site Booking.com trás opções para todos os bolsos e estilos e é confiável com relação ao pagamento e uso de cartão de crédito on-line.