Desde pequena, sempre tive verdadeira fascinação pelas cores. Nunca me contentava com os poucos nomes que me ensinavam, nem com os limites colocados entre aqueles nomes. Assim, por exemplo, a fruta laranja podia ser amarelada enquanto que uma manga podia ser cor de laranja, avermelhada ou até meio verde. Um limão podia ser verde-escuro, verde-claro ou até amarelado e ainda assim existia uma cor chamada verde-limão! De qual limão? Outra coisa que me confundia era o nome da rosa. Afinal, só um tipo de rosa é realmente cor-de-rosa, ainda assim tem diferentes rosas. O rosa-claro, o rosa-choque ou magenta, o rosa-bebê, o rosa-chá (chá de quê?). Sem falar das outras rosas que nem cores de rosa são, podem ser amarelas, vermelhas e até mesmo brancas. Que tremenda confusão!
Meu nome quase foi Rosário porque nasci no dia de Nossa Senhora do Rosário. Dizem que rezar o rosário é como dar rosas para Nossa Senhora. Mas meu pai preferiu me chamar Maria Regina, dizendo que também era uma homenagem à Mãe de Jesus, e que Regina em italiano significa rainha! Mas não sou rainha de reino algum. Então, cada nome dado a cada coisa deve ter suas razões? Não deve ser diferente com as cores.
Comecei a prestar mais atenção aos nomes das cores e descobri coisas muito interessantes. Azul-da-prússia, será que essa cor veio de tão longe? E maravilha, pink ou fuxsi que são iguais à cor magenta, sabia? A cor gelo é gelada? Verde-petróleo não deveria ser a cor da gasolina? E azul-piscina...? Podemos mergulhar nela?
São tantos os nomes das cores que acho que nem cabem todos na caixa de cores da vovó Rê!