Impactar e otimizar. Estas foram as palavras de ordem para os projetos arquitetônico e de design de interiores que, apesar de distintos, puseram fim aos problemas comuns quanto á estética estrutural e rotinas de trabalho nos escritórios comerciais do empresário de gestão e planejamento do setor imobiliário, Marcos Frias, e dos publicitários Léa Fabris e Antonio Rodrigues Coelho Neto.
Um delírio. Foi isso que pediu Marcos Frias à designer de interiores Valéria Romani, da equipe da Concept. Inovações na decoração, mobiliário de marcenaria e cores fortes formaram a receita indicada e executada para o espaço de um homem de negócios que recebe profissionais do alto escalão da construção civil, um público acostumado às novidades do seu próprio mercado e das capitais brasileiras.
“A empresa é fisicamente pequena, com cinco funcionários. Quis tudo do bom e do melhor”, conta Marcos Frias. Entre os destaques estão o painel de bolha, multicolorido, inspirado num dos cenários da novela global Cheias de Charme; outro painel, um teca em madeira de mangue; o mobiliário em laca; o vermelho Ferrari na pia; uma sala de conferência equipada com multimídia, TV 3D e lousa de vidro; os lustres multifocais que conferem movimento à iluminação; o paisagismo de Cibele Schumann para um jardim íntimo; um café art déco; e um terceiro painel, com cada pedra colocada à mão pela refinada marca Pietra, abre o espaço e convida às descobertas.
Com dois anos num prédio no bairro Cidade Jardim e reforma finalizada em novembro passado, a temporada de visitação foi aberta na Marcos Frias Consultoria Imobiliária. “Todo mundo adora, e não é porque é meu. Tem gente que chama o amigo para vir conhecer”, diz o proprietário sobre o resultado do projeto proposto pela Concept.
A designer de interiores Valéria reafirma que as ideias de Frias foram, no mínimo, reflexivas e trabalhosas. “Para o pedido bastante exigente, foi desenvolvido um projeto moderno, arrojado e, ao mesmo tempo, clean. Usamos o que havia de mais contemporâneo e compatível.”
A semelhança elementar entre os projetos de ambos os escritórios – um impasse comum à maioria desses modelos de estruturas comerciais – é a necessidade de adaptar aquele local pequeno, com limitações de mudança em sua infraestrutura, para um ambiente corporativo. A designer de interiores Valéria conta que, no caso da empresa de planejamento imobiliário, a casa ocupada hoje era, no passado, um salão de beleza.
“O imóvel precisou ser desmembrado e somente a parte térrea foi destinada à empresa. Foram criadas duas entradas independentes. Mas o maior desafio foi adaptar todos os ambientes em um local que era estreito e comprido. Tivemos que fazer esforço para tirar essa impressão de corredor.”
A repaginada na agência de publicidade e propaganda NPP! ressaltou o caráter corporativo do negócio, alocado também num prédio da Cidade Jardim. “A agência tinha cara de casa, com portas nos quartos”, conta a publicitária Léa Fabris. Com 20 anos de mercado, Léa clamou por um ambiente agressivo e moderno, traduzido em uma sala com tons beterraba e laranja.
“Além de tudo, da iluminação, do paisagismo, em quatro meses de reformulações, conseguimos abrir mais cinco estações de trabalho. E mais do que a otimização e o incremento da funcionalidade, a reforma foi um presente para todos que trabalham aqui e para os clientes”, diz a publicitária.
Para não errar em um projeto corporativo, a designer Valéria salienta que a decoração desses espaços deve atender a cada tipo de empresa e seu segmento. “A arquitetura e o design têm que passar aos clientes a segurança, seriedade e modernidade da empresa.”
Mais conforto e acessibilidade nas instalações acessadas por clientes e uma atenção especial à legislação definida ou fiscalizada pelo Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, também estão entre as dicas de Valéria Romani no momento de decidir um projeto de interiores. (por Cristiane Bonin)