Família que se movimenta unida permanece unida? No caso da família Maffezoli, a resposta é totalmente positiva. O casal de médicos Luís Fernando Maffezoli e Alessandra Nalin, ele otorrino e ela especialista em medicina estética, ambos de 40 anos, tem no exercício físico a receita ideal para combater o estresse da profissão.
E contagiaram, desde pequenos, Rafael Guardia, filho dela, e Bruna Maffezoli, filha dele. O quarteto está sempre unido no final da tarde para as atividades físicas. E tudo melhorou com o condomínio Monte Alegre, onde eles constroem uma bela casa que ficará pronta em março. Enquanto a mudança não acontece, eles aproveitam o equipamento do local, que dispõe de academia, piscina e uma bela trilha para corrida e caminhada.
Mas Alessandra revela que a união respeita as diferenças. “Ficamos geralmente juntos, mas isso não significa que fazemos tudo juntos. Cada um tem seu ritmo, porque são quatro perfis diferentes”, explica. Quem é responsável pelo ânimo da turma é Luís Fernando, que recebeu o apelido de “sargento Luisão” da esposa. “É sempre ele que ‘pega no pé’ quando a gente ameaça não ir”, conta.
Nada mais natural para o médico, que se dedica às atividades esportivas há mais de 20 anos. Hoje ele faz corrida quatro dias por semana, um dia de bicicleta e outro de natação. Apenas um de descanso, mas não nos finais de semana, quando acha mais estimulante a prática.
Além de levar em conta as diferenças pessoais, Maffezoli destaca que é importante, para quem quiser seguir o exemplo da família, lembrar de duas questões básicas. “A primeira é que cada um tem seu ritmo, cada um tem de se conhecer e saber os seus limites. Por isso, não adianta forçar, querer fazer mais do que pode, porque aí a possibilidade de lesionar os músculos é muito grande. Outra coisa é saber que esporte tem de ser prazer, não pode ser visto como obrigação. Se você fizer isso, você não demora a desistir”, ensina.
Para o médico não existe esse perigo, tanto que no ano passado participou do Iron Man, em Florianópolis (SC), uma competição pesada, com 38km de natação, 180km de ciclismo e uma maratona. “A prova começou às 7h e terminou às 20h15, e eu consegui resistir até o final. Este foi o maior prêmio”, lembra.
Na definição de Maffezoli, esporte é uma ‘bola de neve’ positiva. “Além de servir para todas as idades, a pessoa quando começa dificilmente para, porque melhora a disposição para tudo, melhora o humor, diminui a possibilidade de depressão e combate a insônia”, detalha.
Alessandra complementa lembrando que o sedentarismo é responsável pela maioria das doenças crônicas, entre elas a hipertensão, o diabetes e o colesterol alto, entre várias outras.
Ela conta que se preocupa com o condicionamento físico, mas teve um período de sedentarismo temporário, logo após o nascimento do filho. “É natural que você tenha um ‘breque’. Mas chega uma hora em que precisa vencer essa zona de conforto, porque no começo é difícil voltar”, conta.
Para ela, o casamento com Maffezoli serviu também para trazer mais vontade de se exercitar e hoje tem três opções de exercícios (caminhada, corrida e ciclismo) em seis dias da semana. “Aumenta a concentração e faz com que a gente fique mais unido com as crianças, o que é mais legal ainda.”
Bruna, a filha dele, além das corridas de até cinco quilômetros, no Monte Alegre, pratica tênis duas vezes por semana. “Eu me sinto com muito mais disposição. É difícil eu não ficar com vontade”, conta a garota, que está no oitavo ano do CLQ e quer estudar medicina, e se especializar em otorrinolaringologia, como o pai, a mãe e o padrasto.
Já Rafael, filho de Alessandra, não parece disposto a seguir a dinastia médica, e tem mais interesse por direito. Mas seguiu a genética do movimento. “Eu faço tênis duas vezes por semana, na terça e na quarta-feira treino corrida e também faço musculação em academia”, conta. Para ele, essa disposição é natural, já que quase todos os amigos têm a mesma postura.
Essa geração já tem predisposição a cuidar do corpo. E facilita muito se é incentivada pelos pais. (por Ronaldo Victoria)