Fazemos acontecer

Novo pólo cultural

Publicado na Revista Monte Alegre | 15ª Edição | Julho | 2013
Foto: Alessandro Maschio / MBM Ideias

Prefeitura programa atividades que podem renovar o perfil do Monte Alegre

O Monte Alegre tem tudo para ser mais um pólo cultural de Piracicaba. É o que acredita Meri Didoné, da Secretaria de Ação Cultural, após o sucesso do Momento Cultural no Monte Alegre, realizado entre os dias 28 e 30 de junho. “O objetivo deste evento foi dar um pontapé inicial para fazer com que o Monte Alegre se torne um pólo cultural. Hoje o bairro é, pela sua arquitetura e pela história que apresenta, um pólo contemplativo. É um lugar para onde a população e os turistas vão para observar a história e aproveitar a sua paisagem bucólica e intocada. Mas queremos que o bairro passe também a ser um espaço de produção cultural”, afirma Meri.

E essa primeira experiência deixou os organizadores entusiasmados. “Foi muito interessante. Tivemos dois dias intensos, com muita gente, mas sem ‘nuvuca’ ou aglomeração. Havia um pessoal que queria aproveitar a noite, o clima, a música”, conta Meri. Balu Guidotti, proprietário da capela São Pedro de Monte Alegre, também era só elogios. “Foi muito bacana, valeu a pena ver que foi tudo tão bem recebido por um público que aprecia a cultura”, afirma.

Nem mesmo a chuva que caiu forte no domingo, e fez com que boa parte da programação fosse cancelada, tirou o ânimo. “Além da chuva, houve os jogos da Copa das Confederações. Mesmo com o jogo do Brasil à noite, quem gosta de futebol não sai de casa”, explica Meri. É que a ótima repercussão dos dois primeiros dias compensou qualquer problema. “Na sexta-feira, quando aconteceu a Noite das Tradições com a banda Dona Zaíra e Samba D’Aninha, foi demais ver o sereno da noite cobrindo e o pessoal sem querer ir embora, até depois da meia-noite”, conta Meri.

Por isso, a Secretaria de Ação Cultural analisa a realização de outros eventos, mas, por enquanto, ainda não há uma definição da periodicidade. Esse primeiro evento também contou com parcerias com o Centro Comunitário do bairro e a Empem (Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle).

PROGRAMAÇÃO VARIADA

Durante os três dias, o entorno da Capela São Pedro de Monte Alegre, ponto mais significativo do bairro, foi ocupado por manifestações artísticas e culturais variadas, de shows de música popular a exposições de artesanato.

A programação do fim de semana foi a mais variada possível, começando com uma Noite das Tradições, nos moldes da que ocorre mensalmente no Largo dos Pescadores. Quem se apresentou em frente à capela foi a banda piracicabana de forró Dona Zaíra, formada por cinco músicos que já conseguiram repercussão em nível nacional. Ainda na sexta-feira, teve apresentação do Samba D´Aninha.

O sábado começou com arte: teve oficinas de arte em papel jornal com Daniela Berti e de tear de mão com Osvaldo Bras. A programação musical do dia também foi intensa, com apresentações do Grupo Cantoá (tradição popular), Banda H7 (rock anos 80), Juninho Caipira e Marcelo Souza (música de raiz) e Sandra Rodrigues (samba e MPB).

No domingo, em virtude da chuva, além do concerto de canto gregoriano, a cargo da Empem, e do Duo Zani Dutra, de manhã no interior da igreja, só se apresentou o grupo de chorinho Marcos Moraes e Amigos.

NOVOS PROJETOS

Moradora do Monte Alegre, a cantora Pa Moreno atuou no evento apenas na sexta-feira, fazendo uma participação especial no show do Dona Zaíra. E foi só elogios para a promoção. “Achei fantástico. Não apenas por ser no bairro onde moro, o que é ótimo. Mas, quanto mais atividade, em qualquer canto da cidade, melhor”, define.

A cantora acredita na possibilidade do Monte Alegre como pólo cultural e também vem trabalhando nesse sentido com o Coletivo Monte Alegre, ao lado do marido, o guitarrista Zé Rubens, e do casal de amigos Marina Henrique e Paulo Heise. “Estamos muito felizes porque tivemos aprovado o projeto de montagem da peça Histórias do Vento pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura) e agora estamos esperando um retorno da prefeitura para concretizar”, conta.

O espetáculo, com previsão de apresentações na Casa do Marquês, tem tudo a ver com o bairro, na visão da cantora. Em Histórias do Vento, Marina vive uma velha senhora que destila lembranças, enquanto Pa e Zé Rubens lembram antigas canções de raiz, de duplas como Tonico e Tinoco e Cascatinha e Inhana, que fazem parte da memória musical e afetiva de muitos moradores. (por Ronaldo Victoria)

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