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Sossego em Porto Seguro

Publicado na Revista Monte Alegre | 08ª Edição | Abril | 2012
Foto: Rodrigo Alves

Descubra as delícias do sul da Bahia fora da temporada

Adepto do pensamento de que o Brasil possui uma infinidade de belezas a serem exploradas, estava com cinco dias disponíveis na agenda. Buscava um local que oferecesse belas praias, agitação noturna, gastronomia, cultura e hospitalidade. Encontrei o destino perfeito: Porto Seguro, considerado Patrimônio Natural da Humanidade.

Num primeiro momento, o leitor desavisado deve ter feito as mesmas perguntas que o explorador de primeira viagem: “Porto Seguro? Onde se ouve axé por todos os lados e a dança típica é uma tal de lambaeróbica? Aquela cidade infestada de excursões de pré-adolescentes recém saídos da formatura de ensino médio?”.

Esta é a Porto Seguro que você encontrará nos guias turísticos. E mesmo não sendo adepto do axé, tenho certeza que o ritmo, em momento algum, vai lhe incomodar.

É também uma cidade pacata, sem caos no trânsito, ideal para repor as energias. Mas atenção: apenas na entressafra das altas temporadas (leia-se Carnaval e Réveillon), período ideal no quesito custo versus benefícios, inclusive.

Nos pacotes de viagens, as duas maiores sugestões para hospedagem são a praia de Taperapuan ou a área central. Optei pela primeira alternativa, uma ótima dica na agência de viagens: a praia é servida por taxis com preços razoáveis, vans e linhas de ônibus (alguns com ar-condicionado).

Em Taperapuan estão duas famosas barracas: Tôa Tôa e Axé Moi,  diferentes de tudo o que se vê no litoral brasileiro. São complexos de lazer em funcionamento das 9h até a madrugada. Conforto com bom atendimento, opções variadas no cardápio, sombreiros e espreguiçadeiras. Sem taxa de serviço, aluguel de mesa ou consumação mínima.

Com areias brancas, águas mornas e calmas, o mar de Taperapuan é agradável para permanecer algumas horas do dia, mas é bobeira se prender ao local quando se está numa cidade com tantas riquezas e belezas.

 

Point Cult

Com seu status místico, Arraial D’Ajuda tornou-se cult e cara, principalmente se o assunto é a hospedagem. Por isso, muitos preferem ficar em Porto Seguro e se deslocar até esse vilarejo de casas históricas, onde está também a rua Mucugê, conhecida como a rua mais charmosa do Brasil (e badalada todas as noites). De Taperapuan, o acesso se dá pela travessia de balsa (dez minutos) e mais quatro quilômetros até o Centro de Arraial.

São oito praias em meio à Mata Atlântica, quase todas semidesertas e de águas calmas. Elas são rodeadas por falésias coloridas prontas para serem exploradas, piscinas naturais protegidas por recifes e areias brancas.

Bem mais distante – principalmente se o acesso for por rodovia – está Trancoso (24 quilômetros de Arraial). O vilarejo adotado por Elba Ramalho é rústico, sofisticado e convidativo com suas casinhas históricas, coloridas e grudadas umas nas outras. No Quadrado de Trancoso estão lojas de artesanato indígenas e a antiga Igreja de São João Batista (com um mirante maravilhoso ao fundo).

Parada obrigatória é o Uxua Praia Bar, ao lado do rio Trancoso, raso, de águas mornas e amarronzadas, ideais para o banho. Curiosamente, o rio desemboca no mar e o contraste de cores é lindo.

Voltando ao Uxua, o espaço é decorado por barcos de pescas e com aconchegantes sofás de madeira e convidativas almofadas. É tão confortável que faz você esquecer das horas. Cardápio criativo, drinks sofisticados, espumantes, enfim, encantador!


HISTÓRIA E GASTRONOMIA

Reserve um dia para explorar os belos monumentos e edifícios históricos na Cidade Alta, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha (construída entre 1730 e 1773), localizada na praça Pero Campos de Tourinho, onde está também o chalé do Dr. Antônio Ricaldi (construído em 1885).

Se tiver mais tempo, passe rapidamente pelo Memorial da Epopeia do Descobrimento, distante um quilômetro do Centro. Localizado numa espécie de jardim botânico, o local possui uma réplica da Nau Capitania (embarcação que Cabral utilizou para chegar ao Brasil).

No período noturno, a dica é percorrer a tradicional Passarela do Álcool, também no Centro. Você vai se esbaldar na compra de artesanatos e se empanturrar na gastronomia baiana.

As opções vão de cocadas, acarajé, bobó e tapioca, aos pratos a partir do peixe (a moqueca continua sendo a preferida dos turistas). Há ainda o Capeta, bebida típica famosa na região servida em toda a extensão da Passarela, composta por abacaxi, canela, leite condensado, guaraná, vodca e gelo.

No finzinho da Passarela do Álcool, visite uma viela chamada Beco, com bares e restaurantes bem charmosos, alguns com música ao vivo tendo como repertório a MPB.

 

 

Dica

Antes de fechar o seu pacote de viagens, verifique na agência se é possível incluir as opções de famtour, além de receptivo com translado entre aeroporto e hotel e vice e versa. Assim não será preciso se preocupar com seu deslocamento na cidade. Se não for possível, faça isso tão logo chegue no hotel, que geralmente aponta algumas opções de empresas que prestam o serviço.


Rodrigo Alves é jornalista, autor do blog Dando Nota (www.dandonota.wordpress.com).

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