Melhorar o acesso ao bairro e fazer com que o tráfego de caminhões pesados desvie das ruas para o anel viário. Estas são as principais reivindicações e expectativas de moradores e empresários do Monte Alegre em relação ao próximo prefeito, Gabriel Ferrato, eleito no dia 7 de outubro no primeiro turno, com mais de 73% dos votos.
Ferrato, do PSDB, mesmo partido de Barjas Negri, desperta boas expectativas. Para o empresário Wilson Guidotti Junior, o Balu, proprietário de uma significativa parcela do bairro, para o qual tem, vários projetos, a prioridade é desviar o fluxo pesado de caminhões, criando um acesso pelo anel viário. “Essa é a principal meta. Já que estamos batalhando para transformar o Monte Alegre num ponto turístico bem mais frequentado, temos de garantir que os visitantes tenham melhores condições de acesso”, afirma Balu.
O engenheiro civil Maurício Colpas, que reside há dois meses no condomínio Monte Alegre, conta estar feliz com a mudança, mas destaca também a questão do acesso. “É muito bom morar no Monte Alegre, em todos os sentidos. O único problema é mesmo o acesso. Não se trata apenas da ligação com o anel viário, mas a estrada está esburacada e precisa ser recapeada”, destaca o engenheiro. Ele também cita como prioridade uma reforma do Centro Comunitário.
A empresária Daniela Gobbo Cordeiro, também moradora do condomínio, concorda que a prioridade é a entrada pela Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). “Precisa mudar o asfalto porque está muito esburacado e pode ser perigoso, principalmente à noite”, diz. Daniela também destaca que, com a chegada do condomínio, aumentou muito a quantidade de prestadores de serviço, como empregadas e porteiros. Por isso, acha importante melhorar o transporte coletivo. “Seria bom que aumentasse a quantidade de ônibus no horário de pico, a partir das 17h”.
Presidente da Oji Papéis Especiais, com sede no Monte Alegre, Julio Piatto cita várias obras importantes que gostaria de ver durante a nova administração: pavimentação da avenida Pedro Morganti, acesso ao novo anel viário, reforma do acesso e do pavimento do antigo anel, rever a política de tombamento dos prédios do bairro de modo a não dificultar a utilização do imóvel. Mas o que espera mesmo é um novo olhar para o bairro. “Espero que o novo prefeito de Piracicaba reconheça o bairro como uma referência histórica, investindo no potencial turístico, com apoio a iniciativas e parcerias público/privadas, visando à recuperação e ocupação do patrimônio histórico existente”, declara.
Moradora do bairro há 30 anos, a dona de casa Anália Vieira conta que se preocupa mesmo com um aspecto: saúde. “Para mim, tudo mais fica em segundo plano. Temos um posto de saúde aqui, que é bom, mas é preciso que continue desse jeito”, conta. Fora isso, ela relata que não tem do que reclamar.
Já a empregada doméstica Vanderli Fogaça, 53, sai todos os dias para ir trabalhar no Centro. Encara transporte coletivo e esse é seu alvo. “Os ônibus estão chegando com muita gente. Quando pegamos no ponto de saída, já estão cheios. Se não dá para colocar mais carros, pelo menos que os motoristas parem para os trabalhadores do condomínio na volta. Isso facilitaria bastante para a gente”, diz.
A dona de casa Antonia Perecin, 67, residente há 22 anos, elogia o bairro de maneira geral e garante que é possível levar uma vida tranquila e com segurança. “Mas eu gostaria de ver a avenida Pedro Morganti com pouco asfalto. Também queria um acesso para o anel viário. Mas espero que, com isso, não esqueçam a outra entrada do bairro”, completa. (por Ronaldo Victoria)