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Respeitável IPEF

Publicado na Revista Monte Alegre | 10ª Edição | Setembro | 2012
Foto: Alessandro Maschio / MBM Ideias

Instituto de Pesquisas Florestais se destaca na produção de sementes

Quem está chegando, logo percebe as placas que indicam o Ipef. Mas a sede do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais fica um pouco escondida. Ao chegar, uma surpresa: a instituição está instalada num prédio moderno e belíssimo, onde está instalada desde 17 de janeiro de 2011. Chamam a atenção também os 42 amplos canteiros de onde funcionárias e estagiárias da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) tiram sementes que vão para todo Brasil.

O Ipef, de acordo com o coordenador do setor de sementes Israel Gomes Vieira, foi transferido da sede na Esalq para o Monte Alegre por meio de um comodato com a empresa Votorantim, que cedeu a área. “É uma APP (Área de Preservação Permanente) e tivemos o compromisso de fazer uma recomposição do terreno, e já temos efeitos bastante positivos. Com a reposição da mata, tivemos até o aparecimento de aves migratórias do Hemisfério Norte”, conta Vieira, que é formado em biologia pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e fez doutorado pela Esalq.

Sem contar a recuperação do lago que fica no local, o Ipef tem, ainda, atuação marcante no manejo de capivaras. “Temos um estagiário que é encarregado de fazer esse manejo, pesquisando tudo o que se refere a esses animais”, conta. Nos últimos tempos, ele concorda que a questão está mais calma, “porque saiu do noticiário e não morreu mais gente”, o que não fez que o Ipef se descuidasse da questão. No começo de julho, ele lembra que as chuvas ajudaram porque dispersam o vetor da febre maculosa, o carrapato-estrela, que usa a capivara como hospedeiro. O problema, em agosto, foi a secura total do ambiente.

Israel Gomes Vieira é coordenador do setor de sementesVieira lembra que o instituto tem três áreas: pesquisa, produção de sementes e editora. Na sede do Monte Alegre existe o que se chama de jardim clonal, onde são cultivadas mudas de eucalipto, da espécie urophylla e espécies nativas. Depois de todo o trabalho, que inclui a retirada das mudas e o acondicionamento, as plantas são enviadas para todo o Brasil, e até mesmo para outros países. São prefeituras, organizações não-governamentais e empresas de grande porte interessadas em reflorestamento para corte e recuperação ambiental. Todo o trabalho é focado no eucalipto, segundo ele, a planta que tem melhores condições de se desenvolver.

Dessa forma, o Ipef tem um trabalho com sementes de várias espécies, analisadas e conservadas no local e enviadas para todo o Brasil. É uma atuação que deixa o diretor orgulhoso. “Hoje, nós brasileiros somos os melhores produtores de florestas do mundo. Ninguém sabe fazer floresta como a gente. Quando se fala em floresta, sempre se lembra do brasileiro”, declara Vieira. E o Ipef, claro, tem uma importante contribuição neste sentido, já que apresenta uma atuação intensa durante seus 46 anos e conta com 2.000 clientes cadastrados. (por Ronaldo Victoria)

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