Já faz um ano que retornei de viagem, mas não esqueço a sensação da brisa praiana ao descer no aeroporto de Split, na Croácia. Como vínhamos de cidades mais frias, mais urbanas, a densidade e o vento diferentes puderam ser notados no primeiro momento, transmitindo uma alegria quente.
A chegada na Croácia foi peculiar. Após um tempo perdidas no aeroporto, descobrimos uma van que poderia nos levar até a cidade. A van tinha som em clima tropical. Ao chegar no hostel de porta azul, situado numa mágica ruela estreita de pedras claras, descobrimos que ele ficava fechado durante a tarde e abriria às 17h. Esta foi a primeira pista para mais tarde descobrir que o hostel ALS Place seria o menor, mais caseiro e aconchegante hostel de toda a viagem.
O centro histórico de Split (Old Split) é nostálgico. Ruelas, ruínas, belas e rústicas construções em tons pastel carregadas de história, combinadas com o azul límpido do céu. A principal delas é o Palácio Diocleciano, construído em 298 d.C. A Croácia foi um campo de batalha quando a antiga Iugoslávia se desmembrou em várias nações.
Uma das principais curiosidades croatas é a gravata. O item surgiu durante a guerra dos anos 30, quando os soldados croatas, contratados para lutar no exército francês, usavam um lenço no pescoço.
Split possui lindas praias de mar azul e pedras claras (no lugar da areia).
Mas um passeio de barco até as ilhas também vale a pena. As principais são as ilhas de Brac e Vis. Além disso, andar na orla do porto e pela feira ao ar livre também são boas pedidas.
Foi em Split que conhecemos e conversamos com as mais diversas pessoas do mundo. O clima e o ambiente favoreciam a reunião para sair e saber um pouco da história de cada um. A mais interessante e inesquecível foi a história de dois finlandeses que haviam chegado à Croácia de bicicleta. Levaram seis semanas no caminho e tinham nos pés as marcas de sol dos chinelos. Quando questionados, nos disseram que calçando chinelos era bem mais tático e confortável. Vivendo e aprendendo! (por Lívia Telles)